quarta-feira, 19 de setembro de 2012

CARDINALÍDEOS


CARDINALÍDEOS  Reúnem cardeais, bicudos e afins, pássaros de porte médio e aparência variada, em geral com bicos robustos. Há controvérsias quanto aos gêneros abrangidos pela família.

Os CARDEAIS (Paroaria) são pássaros de colorido vistoso e  encontramos na beira d’água ou no entorno de sedes de fazendas. Ocorrem três espécies, todas com cabeça vermelho-brilhante, que estão entre as aves mais bonitas da região.

CAVALARIA   Paroaria capitata

Comum, fácil de detectar na beira de brejos, lagoas e rios, no Pantanal. Cabeça vermelha com babador preto, bico laranja vivo. Preta por cima, com meio colar branco; branca por baixo. Jovem com cabeça marrom, “babador” pardo, partes superiores enegrecidas.
 
 
 
Compare com o cardeal, maior, de crista cinza por cima; não ocorre junto com o cardeal-de-goiás; bonito e simpático, é uma das aves mais características do Pantanal e às vezes forma bandos numerosos; costuma congregar-se nas sedes de fazendas pantaneiras para se alimentar de grãos e restos de comida. Frequenta a vegetação na beira d’água, ás vezes aventurando-se nas plantas flutuantes.

CARDEAL  Paroaria cotonata

Escasso, em áreas abertas com arvores, capoeira rala e sedes de fazendas, no Pantanal. Cabeça, longo topete e “babador” em ponta vermelho-vivos, bico quase todo branco.
 
 

 
Cinza por cima, colar na nuca e partes inferiores brancos.  jovem com castanho em vez de vermelho, partes superiores enegrecidas. Bonito, inconfundível; compare com a cavalaria, menor, sem crista, preta por cima. Geralmente em casal ou grupinho, pode formar grandes bandos fora da reprodução; cobiçado como ave de gaiola, em outras regiões sofre declínio populacional pela captura ilegal para cativeiro, que talvez ocorra também no Pantanal. Alimenta=se no chão, de sementes e insetos. Canto, uma sequencia rítmica e variada de frases curtas, um pouco ásperas, mas melódicas.

 

O GÊNERO SALTATOR inclui pássaros grandes, arborícolas, com bico robustos (de cor viva em algumas espécies) e plumagem de colorido discreto. Tem canto forte, bonito e melódico, que emitem com frequência.

SABIÁ-CONGA Saltator coerulescens

Localmente comum, em cerrado, capoeira rala e áreas com árvores esparsas; evita campos sujos. Cinza por cima com sobrancelha branca curta.

 
Garganta parda, delineada com preto; cinzento por baixo, pardo no baixo ventre e crisso. Jovem mais oliváceo, asa em geral com filetes verdes. Chamativo e fácil de detectar pousam em lugares expostos (mais que seus congêneres), sobretudo ao cantar. Alimenta-se em especial de frutos e flores, frequentando comedouros em fazendas e pousadas; não se junta a bandos mistos, canto forte e variável, tipicamente um frase  simples de notas musicais vem enunciadas, em geral com um trinado não ao final.




BATUQUEIRO, BICO-DE-PIMENTA Saltator atricollis

Razoavelmente comum, em cerrado e campo sujo, às vezes também pasto sujo. Bico laranja-vivo com cúlmen preto. Marrom por cima com face e garganta pretas, lados da cabeça cinzentos, pardo por baixo.
 
 
Jovem como marrom-fuligínoso em vez de preto, bico escuro. Colorido vem característico, improvável confundi-lo. Fácil de detectar, costuma pousar no alto de moitas e arvoretas, às vezes cercas, descendo ao solo para se alimentar, até mesmo em estradas de terra. Canto muito diferente dos congêneres, um gorjeio rápido, musical e elaborado, várias aves podem cantar ao mesmo tempo.



 

ARANCUÃS, JACUS e MUTUNS (Cracídeos)

ARANCUÃS, JACUS e MUTUNS (Cracídeos) São aves grandes ou médias, que lembram galinhas. Vivem em mata e capoeira e a maioria é arborícola. Diversas espécies são alvo de caça.

ARANCUÃS DO PANTANAL Ortalis canicollis

ARACUÃS (Cracídeos) São aves grandes e médias que lembram galinhas. Vivem na mata e capoeira e a maioria é arborícola.




Localmente comum em cerradão, mata de galeria e áreas abertas vizinhas, no Pantanal. Freqüenta tanto o chão quanto as copas. Face nua, barbela rósea. Cabeça e pescoço cinzentos, amarronzado por cima, cauda escura, penas externas com ampla ponta ferrugínea, visível em vôo. Peito acastanhado, barriga mais clara. Em bando de até 20 aves, tem o grito inconfundível, potente e rouco, o casal faz dueto e vários casais podem gritar juntos.


CUJUBI (Cracídeos) São aves grandes e médias que lembram galinhas. Vivem na mata e capoeira e a maioria é arborícola.




Razoavelmente comum na mata, cerradão e capoeira (sobretudo no Pantanal). Bico e face nua parcialmente azul claros. Pernas vermelhas, barbela vermelho vivo com mento azul escuro no pantanal do norte e barbela azul mais longa azul clara no pantanal do sul, as duas formas hibridizam em regiões intermediárias. Cor em geral preta, cristas e nuca brancas, mancha branca bem visível nas asas. Em pequenos bandos, pousam em lugares abertos, geralmente bem cedo.






MUTUM DE PENACHO Crax faciolata


MUTUM DE PENACHO (Cracídeos) São aves grandes e médias que lembram galinhas. Vivem na mata e capoeira e a maioria é arborícola.


Raro a comum em cerradão , mata de galeria e capoeira, as populações foram reduzidas pela caça e atualmente só é numeroso no pantanal. Ambos os sexos tem crista bem visível de penas enroladas. 





O macho com cera a base do bico amarelo vivo. Todo preto, barriga branca, penas externas da cauda com pontas brancas. A fêmea com crista bicolor. Por cima preta riscado de branco, exceto pescoço, cauda d com pontas brancas, barriga cor de canela terrícola, refugia se em árvore se assustado. Em casal ou bandinhos, como frutos caídos.

domingo, 9 de setembro de 2012

PARULÍDEOS


PARULÍDEOS formam uma família de pássaros pequenos e coloridos, incetívoros, mais diversificados nas Américas Central e do Norte. A mariquita também é um parulídeo. Os pula-pulas tem sobrancelhas bem visíveis e ocorrem sobretudo no sub-bosque de mata e em capoeira.

CANÁRIO-DO-MATO Basilieuterus flaveolus

Razoavelmente comum, a baixa altura em cerradão e mata de galeria. Aspecto geral amarelado. Oliva por cima, amarelo-vivo por baixo, sobrancelha amarela bem visível.
 
 
 
Pernas alaranjadas. Geralmente em casal, caminha e saltita pelo chão e pela vegetação baixa, enquanto abana a cauda aberta; não se junta a bandos mistos. Detectado, sobretudo por sua voz, sendo mais ouvido que visto, conto forte e sonoro, uma sequencia rápida e musical, “tita tita tita tche tche tcheu”

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

CAPRIMULGÍDEOS


BACURAUS (Caprimulgídeos) São insetívoros, noturnos, de colorido críptico e ampla abertura bucal; identificação visual difícil, mas em geral têm vozes características.

No GÊNERO HIDROPSALIS, os machos tem caudas muito longas. Vivem em áreas abertas com árvores esparsas e vocalizam muito.

CURIANGO Nyctidromus albicollis

Em geral comum em ocorrência ampla em capoeira e borda de mata; não costuma ocorrer em área aberta nem dentro da mata; cauda longa, arredondada, em repouso mais longa que as asas. Forma cinza, coroa e nuca cinzentas, contrastando com faces acaneladas, pardo-escuro por cima, com fileiras de grandes manchas pretas nas escapulares e pintas pardas nas coberteiras. Mancha branca na garganta, papo cinzento.


Por baixo, pardo com fino barrado escuro. Forma ferrugínea mais acanelada, em especial na coroa e dorso, que contrastam menos com as faces. O macho com mancha branca nas primárias enegrecidas e branco na parte interna das penas laterais da cauda; a fêmea com faixa da asa parda e mais estreita, menos branco na cauda.


Pousam em estradas de terra, os olhos refletem a luz de faróis e lanternas com um brilho vermelho-vivo, visível de longe. Dá voos ascendentes, para capturar insetos voadores. Passa o dia pousado no chão, confiando na proteção do colorido críptico. Na reprodução, canta a noite toda, em outras épocas, mais ouvido no lusco-fusco. O canto, ouvido com maior frequência, é um “curiangú!” rouco. Também dá um grito alto, “ba-ba-ba curau!”




BACURAU-TESOURA Hydropsalis torquata

Razoavelmente comum de forma localizada, com ocorrência ampla em cerrado, pasta, capoerinha e bordas. Às vezes chamados H. brasiliana. O macho com cauda barrada de preto e pardo, penas externas muito longas, são barradas de preto e marrom na metade basal e tem porção terminal preta com ponta branca.
Por cima, marrom-enegrecido vermiculado e manchado de pardo e branco, nuca ferrugínea e “bigode” claro. Por baixo marrom, garganta mais clara, peito e barriga barrados de preto. A fêmea com cauda mais curta tripartida e sem branco, gola menos ferrugénea, asa sem pardo ou branco. O macho inconfundível, a fêmea menos característica, mas maior que os Caprimulgus. Pousa em estradas, sobretudo ao escurecer. O macho encosta no chão a longa cauda que ás vezes só é vista quando ele voa.

TURDÍDEOS


SABIÁS (turdídeos) são animais de porte médio e plumagem pouco vistosa, com ocorrência ampla em áreas abertas com árvores e em ambientes florestais. Muitos costumam saltitar e correr pelo chão, revirando folhas mortas. Por seus cantos melódicos, vários são perseguidos e aprisionados como aves de gaiola.


SABIÁ-LARANJEIRA Turdus rufiventris

Razoavelmente comum, de ocorrência ampla em borda de mata, capoeira, sedes de fazendas e em cidades, onde houver árvores. Bico oleáceo. Marrom por cima, com barriga cor de laranja, vistosa e contrastante, garganta branca rajada de marrom.
Visitante regular de pomares e de comedouros com frutas, é notável sua habilidade para capturar minhocas, em especial após a chuva. Por seu canto melodioso e bonito, que pode ser ouvido ainda de madrugada, é uma das “aves de gaiola” mais cobiçadas no Brasil, vítima de implacável perseguição


SABIÁ-FERREIRO Turdus subalaris

Escasso, visitante austral durante a época fira em mata e capoeira ribeirinha; status incerto na região. Bico, anel ocular e pernas amarelas. O macho cinza, mais claro por baixo, às vezes lavado de oliva por cima, garganta estriada de preto, delineada por meia-lua branca no papo, centro da barriga branco.


A fêmea parda, mais clara por baixo, com bico marrom-amarelado e meia-lua branca no papo, comportamento discreto enquanto na região, onde tem hábito arborícola, apesar de não se reproduzir ai, ocasionalmente emite seu canto um tanto débil, uma repetição de notas agudas, desafinadas e meio metálicas. Cria no sul do Brasil e em países limítrofes.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

GAIVOTAS, TRINTA RÉIS e TALHAS-MARES (Larídeos)

GAIVOTAS, TRINTA RÉIS e TALHAS-MARES (Larídeos) São aves aquáticas cosmopolitas. Trinta réis têm plumagem cinza e branca, caudas bifurcadas e alimentam-se mergulhando. O talha mar é preto e branco, vistoso, e risca a superfície da água com o bico para pegar peixinhos. As gaivotas não ocorrem na região.

TRINTA RÉIS-GRANDE Phaetusa simplex
Razoavelmente comum, de ocorrência localizada, sobretudo ao longo de rios, podendo freqüentar lagos e baías próximos. Grande, asas com padrão vistoso de colorido, cauda curta e levemente furcada. Bico amarelo e robusto; pernas esverdeadas. Adulto na reprodução com coroa e auriculares pretas; dorso, rabadilha e cauda cinzentos; loros e lado inferior brancos.




Adultos fora da reprodução parecidos, com testa branca. Em voo, a grande área branca na coberteiras e secundárias contrastam com as primárias pretas. Tamanho grande, forte bico amarelo e colorido das asas são diagnósticos. Costuma descansar em grupinhos, em bancos de areia a ás vezes em galhos baixos perto da água. Faz colônias de nidificações em bancos de areia, junto com o trinta réis anão e o talha mar. Em geral silencioso, pode vocalizar muito nos arredores da colônia, emitindo um guincho forte, “kriiá”.






TALHA-MAR Rynchops Níger

Razoavelmente comum, de ocorrência localizada ao longo dos rios principais, sobretudo no N do pantanal; vistoso e inconfundível. Bico forte e lateralmente achatado, com mandíbula mais longa que a maxila, vermelho-vivo na base, preto na ponta. Pernas vermelhas, adulto na reprodução preto por cima, com testa e partes inferiores brancas. Asas longas, estreitas e pontudas, pretas por cima com um filete branco no bordo posterior das secundárias; por baixo cinza-fuligínosas. Cauda escura, um tanto curta e furcada.


Adulto fora da reprodução meio amarronzado por cima e colar branco; bico de cores mais apagadas. Jovem escamado com marrom por cima, com boné mais escuro, bico e pernas de cor apagada. Em grupinhos, costumam descasar em bancos de areia, junto com trinta-réis. Aninha quando o nível da água esta baixo; as colônias podem ser bem grandes.



Voo tranquilo, batidas de asa lentas e suaves. Alimenta-se de modo peculiar: em voo rasante, vai e vem sobre um trecho de água, de bico aberto, a mandíbula cortando a superfície e fechando-se de repente ao tocar um peixinho ou crustáceo. Ativo também de noite. Chamado característico, um “ahn!”cortante e anasalado, como um latidinho, dado sobretudo em voo e no entorno da colônia.





domingo, 2 de setembro de 2012

VIREONÍDEO


VIREONÍDEOS são aves arborícolas, de colorido discreto, que só ocorrem nas Amérias. Tem vocalizações frequentes e repetitivas e são mais ouvidos que vistos.

PITIGUARI Cyclarthis gujanensis

Comum, de ocorrência ampla em capoeira, áreas abertas com árvores e borda de mata, também em parques urbanos. Bico claro e forte, com gancho na ponta. Oliva por cima. Com cabeça e pescoço cinza, sobrancelha canela.
 

 
Branco por baixo, com faixa amarelada no papo, pernas róseas. Sozinho ou em casal, desloca-se sem pressa pela folhagem, a altura variável, pode juntar-se a bandos mistos. Em geral numeroso, é sempre mais ouvido que visto. O canto é uma frase curta, composta por assobios fores e sonoros, repetida até nas horas mais quentes do dia.

PARULÍDEOS


PARULÍDEOS forma uma família de pássaros pequenos e coloridos, insetívoros, mais diversificadas na Américas Central e do Norte.

CANÁRIO-DO-MATO Basileuterus leucophrys
Razoavelmente comum, a baixa altura em cerradão e mata de galeria. Aspecto geral amarelado. Oliva por cima, amarelo-vivo por baixo, sobrancelha amarela bem visível. Pernas alaranjadas.




Geralmente em casal, caminha a saltita pelo chão e pela vegetação baixa , enquanto abana a cauda aberta, não se junta a bandos mistos. Detectado, sobretudo por sua voz, sendo mais ouvido que visto, conto forte e sonoro, uma sequência rápida e musical, “tita tita tita tche tche tcheu